por - Rodrigo Correia dos Santos - médium, sacerdote umbandista,ogã e adm.do site tamboresderounmila
Quando falamos em partida estamos nos referindo a 'passagem' do plano físico para o espiritual, que nada mais é um outro plano de existência.
Nesse processo de passagem existe duas situações que são bastante agravantes, onde todas as pessoas passam e irão passar, cabe a cada um de nos saber absorver e aceitar que vamos deixar o plano físico para o plano espiritual. Nascemos e crescemos ouvindo falar de 'céu e inferno', isso não passa de fantasias que as pessoas falam, por que o plano espiritual consiste num ambiente exatamente igual ao plano físico, onde os espíritos passarão por uma doutrina para se adaptar e continuaram a sua evolução, até estarem aptas a ajudar outros espíritos.
Existem duas formas de passagem que são:
- Passagens Violentas - onde o espírito e retirado do corpo material sem ter o preparo ideal, 99% causada por acidentes de trânsito, e qualquer tipo de violência contra o corpo físico. Nesses caso o espírito sofre uma descarga elétrica tão grande que o espírito se desprende-rá da matéria 'corpo físico' violentamente. Esses espírito são as presas favoritas dos eguns, espectros e espíritos que sofrem de vampirismo, porque usaram do motivo que o espírito não aceita a morte, e pode estar com estimulo de vingança, é assim que nasce um obsessor espiritual.
- Passagem Natural - Nesse processo o espírito começa a preparar a matéria para o desencarne espiritual, o corpo passa a ser como 'casulo' para o espírito que irá desencanar, nesse processo são poucas alterações que o espírito sofrerá, porque se desprendera naturalmente da matéria 'corpo' para continuar sua caminhada evolutiva.
Para confortamos espíritos precisamos ter uma fé no nosso Pai Maior Olorun, Oxalá para que conforte essas almas e que elas aceitem primeiramente que fizeram a passagem.
Na passagem dois Orixás são responsáveis que são Omulu e Iansã.
Omulu com os seus mistérios divinos prepara o espírito para se desprender da matéria e entrega a Iansã que com o mistério divino do movimento levaram cada alma ao seu destino, por isso na religião de matrizes africana como a Umbanda e Candomblé ela é conhecida como a mãe dos eguns, e a única Orixá que com a sua dança faz com que o eguns dançam junto com ela.
São por essas características que Omulu e Iansã se tornaram guardiões da calunga.
