Fernando Gabeira em reportagem para Globo News, mostra um pouco do Parque Caminho dos Orixás, localizado no estado do Rio de Janeiro em Petrópolis. Uma matéria excelente mostrando um pouco da Umbanda e do Candomblé religiões afro-brasileira.
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Líderes do espiritismo explicam rituais da Umbanda e do Candomblé - No Parque dos Orixás, no RJ, espíritas realizam cultos com finalidades variadas, como a de descarrego e até para resolver problemas amorosos.
Fonte - Globo News
Na Estrada Velha da Serra da Estela, na Região Serrana do Rio de Janeiro, há acesso ao Parque Ecológico dos Orixás. É uma região aonde seguidores do espiritismo, tanto da Umbanda quanto do Candomblé, se reúnem para realizar suas cerimônias religiosas.
Segundo Luiz Nunes, administrador do parque, hoje a região é uma terra abandonada, mas já teve diversas fazendas, que foram abandonadas devido à febre amarela que era ameaça no local. "Morreu muita gente de febre, isso aqui ficou abandonado e muita gente se apossou. Aqui, uma Federação toma conta, e todos os associados pagam anuidade. Com essa anuidade eles usam o espaço o tempo todo sem pagar nada", revela.
Enquanto a Coca-Cola, que comprou as terras do Vale há cerca de um ano, não ocupa o local, os religiosos realizam cultos de descarrego, batismo e iaô.
José Antonio Luiz Balieiro, Presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB), diz que o Parque Ecológico dos Orixás foi criado para o povo da Umbanda e do Candomblé fazerem seus trabalhos espirituais. "Através de muito esforço criamos o espaço onde as pessoas podem vir fazer suas oferendas, podem vir passar o dia, e inclusive temos áreas de lazer, vestiários feminino, masculino. Estamos trabalhando dentro da energia positiva, dentro da natureza, onde nós podemos reverenciar todos os Orixás no espaço que é deles", declara.
Há variedade de comida nas oferendas. Nas cerimônias, uma longa preparação em terra firme e uma parte final da água, quase sempre embalada por um canto e o ritmo das palmas. Uma delas é o ritual de iniciação, na qual uma pessoa se prepara para se tornar filha de um Orixá.
"Primeiro ela tem que agradar a todos os Orixás da Natureza, Oxum, Xangô, Oxossi, os Orixás do rio, da mata e das cachoeiras. Ela fica no roncó por 16 dias. Quando completa o último dia, ela vai sair no que se chama de barracão de santo, a casa do Candomblé", conta leda de Oxossi, mãe de santo.
Em uma cerimônia conduzida pelo Babalaô Leonardo para resolver um problema amoroso, alimentos foram dispostos em posições determinadas, e o sangue de um frango e uma pomba foram derramados nos pés de uma mulher. "Dentro do culto do Candomblé, a gente não faz sacrifício, a gente dá oferenda para o Orixá. A gente faz isso nos nossos trabalhos culturais", explica Walmir de Omulu, pai de santo.
Já na Umbanda, não existe oferenda de sangue, segundo o pai de santo. "A gente pega o pombo, que é o Divino Espírito Santo, faz a consagrações e solta ele vivo na mata", explica Walmir de Omulu, pai de santo.
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