João de Camargo (Lazaro Ramos) viveu nas senzalas em pleno século XIX. Após deixar de ser escravo ele fica deslumbrado com o mundo em transformação ao seu redor e desesperado para viver nele. O choque é tanto que faz com que João tenha alucinações, acreditando ser capaz de ver Deus. Misturando suas raízes negras com a glória da civilização Judaico-Cristã, João passa a acreditar que seja capaz de curar e realmente acaba curando. Ele torna-se então uma das lendas brasileiras, se popularizando como Preto-Velho.
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Cafundó - Filme Nacional
João de Camargo (Lazaro Ramos) viveu nas senzalas em pleno século XIX. Após deixar de ser escravo ele fica deslumbrado com o mundo em transformação ao seu redor e desesperado para viver nele. O choque é tanto que faz com que João tenha alucinações, acreditando ser capaz de ver Deus. Misturando suas raízes negras com a glória da civilização Judaico-Cristã, João passa a acreditar que seja capaz de curar e realmente acaba curando. Ele torna-se então uma das lendas brasileiras, se popularizando como Preto-Velho.
Araranguá sedia 1ª Feira de Umbanda
Fonte: Redação Engeplus
A Umbanda será tema central de um evento destinado a apresentar para a sociedade de Araranguá e região que estiverem visitando o centro, questões como religiosidade, princípios e fundamentos desta cultura ainda pouco conhecida. Será nesse sábado, dia 5 de Outubro, a 1ª Feira de Umbanda, das 8:00am as 17:00pm na praça Hercílio Luz.
Atualmente, registrados na Confederação Nacional de Umbanda existem 70 instituições (Terreiros) em Araranguá, mas há muitos que não estão nesta listagem, como aproximadamente 110 Casas Espirituais que fazem atendimentos diversos, como jogos de búzios, cartas e benzeduras.
Na programação, estão atividades como exposição de imagens, tarô, búzios, essências aromáticas, artesanato típico, figurino tradicional, apresentações culturais, palestras com Babalorixás e Yalorixás. Com a parceria de 17 Casas Espirituais cerca de 100 pessoas estarão envolvidas nas atividades do evento.
domingo, 29 de setembro de 2013
Cosme e Damião ou Ibejis? Conheça a diferença - por Pai NIno D'Oxumarê
Fonte: Noelle Oliveira - Portal EBC
O dia de São Cosme e São Damião, para os católicos, também é celebrado no Candomblé. Nesse caso, no entanto, comemora-se a tradição em 27 de Setembro e, tendo como referência, dois Orixás. "Não são as mesma figuras, mas em ambas são irmãos com histórias de vidas parecidas", explica Pai Nino D'Oxumarê, da Federal de Umbanda e candomblé de Brasília e do Entorno.
Sabe quem são Cosme e Damião?
Nesse caso, a tradição tem como referência os Ibejis, divindades africanas. Para o Candomblé eram irmãos gêmeos que, em troca de brinquedos e doces, resolviam os problemas levados a eles. "Resolviam problemas garantiam colheitas mas, casos as promessas não fossem cumpridas, faziam travessuras e podiam até mesmo reverter o que havia sido pedido", conta Pai Nino.
Segundo a lenda, um dos irmão morreu afogado e o outro extremamente triste, pediu ao "Deus supremo", que o levasse. "Conta tradição que foi deixada na terra uma imagem em que a figura dos dois apareciam juntas e jamais poderiam ser separadas. A partir de então, as promessas passaram a ser feitas para a imagem, também em troca de doces e brinquedos", conta.
"Os Ibejis são celebrados com cultos próprios durante todo o ano, Já que estão ligados a ideia de "criação", são cultuados em todos os rituais", explica Nino. "Devido a convivência com a cultura cristã, também fazemos festa em Setembro em que são distribuídos brinquedos, doces e Caruru (comida típica que pode ser acrescida de amendoim ou castanha) para as crianças", explica.
Já na Umbanda, celebra-se Cosme e Damião e não os Ibejis, na mesma data. "Quando os escravos foram trazidos da África para o Brasil acabaram criando a Umbanda e, para poderem realizar seus cultos, associaram seus deuses aos do catolicismo. Mas o princípio é o mesmo", conclui Pai Nino D'Oxumarê.
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Prefeito Fernando Haddad veta Umbanda com Patrimônio Imaterial do Estado de São Paulo
Fonte: UOL - Jornal A TARDE, 17 Setembro de 2013, assunto BRASIL, às 16:20pm.
por - Diego Zanchetta - Agência do Estado
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), vetou nessa terça-feira 17, o projeto de lei que tornava a Umbanda patrimônio imaterial de São Paulo. A proposta, assinada por 18 dos 55 vereadores paulistanos, "não pode ser tratado por meio de lei própria, vez que a declaração de um bem como patrimônio imaterial reveste-se de aspectos que extrapolam critérios exclusivamente políticos, técnicos ou jurídicos", segundo a justificativa do veto feita pelo prefeito.
O projeto aprovado em duas votações, no Legislativo foi liderado pelo vereador Laércio Benko (PHS), Umbandista que costuma defender as religiões de "matrizes africanas" em seus discursos no plenário do Palácio Anchieta. Para Fernando Haddad, porém, "para que a Umbanda possa ser declarada patrimônio cultural imaterial paulistano, é necessário ser a proposta correspondente submetida a criteriosos estudo técnico, envolvendo equipe multidisciplinar, formada inclusive por historiadores e antropólogos, o que só pode ser realizado por meio do procedimento administrativo" dentro da Secretária Municipal de Cultura.
O único patrimônio cultural imaterial de São Paulo continua sendo a Casa Godinho, inaugurada em 1888 no Centro de São Paulo. A decisão foi tomada após dois anos de estudos do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico (CONPRESP), cuja a avaliação foi de que a Casa Godinho "ainda mantém o sistema de atendimento ao cliente no balcão, direto e pessoal, característico dos antigos empórios de secos e molhados".
Na fila para ganhar o mesmo status da Casa Godinho estão o sotaque da Móoca e a Festa de San Genário - os pedidos para se tornarem bens imateriais seguem sob análise do órgão municipal.
Ao vetar a Umbanda como bem imaterial paulistano, o prefeito também citou que a religião tem o 15 de novembro como data comemorada anualmente no calendário oficial da cidade com o Dia da Umbanda e do Umbandista.
sábado, 24 de agosto de 2013
Café do ArteFolk programa de entrevista realizado por Nino Denani
O irmão Nino Denani, autor do livro "Se Meu Pai é Ogum" deu inicio ao novo projeto chamado Café do ArteFolk um programa de entrevista, com bate papos muitos descontraídos e com assuntos fundamentando nas religioes Afro-brasiliera.
O programa Café ArteFolk é encontrando no no site: www.artefolk.com.br
terça-feira, 30 de julho de 2013
O Babalaô Ivani dos Santos também foi recebido pelo Papa
fonte - raizesdeumbanda.com.br
RJ - O Babalaô Ivani dos Santos, um dos representantes da Matriz Africana, foi recebido pelo Papa Francisco no evento realizado sábado (27) no Teatro Municipal, destacou o feito inédito de um Papa recebendo um representante do Candomblé.
"Pela primeira vez um representante do Candomblé é recebido por um papado. Isto é inédito", afirmou.
Ele contou que na sua conversa com Francisco, ele entregou um livro com fotos sobre a caminhada pela liberdade religiosa que acontece todos os anos no Rio e que, neste ano, está agendada para o dia 8 de Setembro. Ele contou que foi convidado para participar do evento pelo próprio Vaticano, que será um dos participantes dessa caminhada em Setembro.
"Foi um passo muito importante. Marca um gesto de respeito às religiões afro-religiosas e minoritárias", finalizou.
Prática de Cura na Umbanda Aproxima Freqüentadores da Religiões de Matrizes Africana
fonte - radiumbanda.com.br
Psicólogo constatou que as concepções de saúde e doença não são as mesmas da medicina.
(Ag.USP de Notícias)
Na Umbanda os rituais de "pratica de cura", mais do que indicar o estado de doença ou saúde de uma pessoa, aproximam o freqüentador da religião. Durante três anos, o psicólogo Alexandre Mantovani visitou um tradicional Terreiro de Umbanda na Cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, para analisar estas práticas e constatou que as concepções de saúde e doença não sãos as mesmas da medicina. "Elas estão ligadas à compreensão do ser humano a respeito do mundo e não obrigatoriamente ao seu estado físico", conta.
De acordo com o psicólogo, as "práticas de cura" apresentam uma função de inserção comunitária, já que, na Umbanda, classificar uma pessoa como saudável ou doente implica em reconhecer seu grau de proximidade com a religião. "Se doente é ser saudável são formas de olhar a pessoa como sendo mais ou menos religioso".
Ao todo Mantovani fez 65 visitas à Tenda de Umbanda do Pai Joaquim do Congo e Ogum Guerreiro onde colheu subsídios para seus estudos. A Construção social de cura em cultos umbandistas: estudo de caso em um Terreiro de Umbanda em Ribeirão Preto - SP, apresentado na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCLRP) da USP de Ribeirão Preto. A pesquisa lhe permitiu observar, por exemplo, que para os seguidores da Umbanda a doença não apresenta sempre um sintoma físico, mas é concebida como fruto de alguma força ou ação negativa produzido por um espírito ou pela própria pessoa. "Eles acreditam que isso pode ser por pensamentos, sentimentos ou emoções, como inveja, ódio ou cobiça que possam atrair espíritos malfazeros", descreve.
Além das visita Mantovani chegou a participar de cultos e, mesmo sem apresentar nenhum sintoma físico de doença, foi submetido a um tratamento espiritual. "Antes, quando era um estranho, eu era considerado 'doente'. Depois de estar inserido na lógica da religião passei a ser visto como uma pessoa 'saudável'", explica.
A coleta de dados para a pesquisa deu-se por meio de observações participantes no Terreiro de Umbanda investida da ética psicanalítica, anotações, em diários de campo, entrevistas e registros audiovisuais, como foto e vídeos. Os registros foram analisados com base na psicanálise de Lacan e na abordagem antropológica da pessoa. Uma aproximação do psicólogo ao social.
Transporte e Descarrego
Mantovani verificou nesses rituais duas "práticas de curas espiritual": o transporte e o descarrego. O transporte é uma forma de tratamento no qual o médium incorpora o espírito obsessor daquele que procura o culto, livrando-o das causas que lhe provocam o mal. Para os seguidores do culto, segundo o psicólogo, o que leva um espírito a se aproximar de uma pessoa ("encostar" na pessoa) é a ação de um feitiço, um trabalho espiritual feito por alguém com o intuito de causar males, prejuízos e danos à outra pessoa. Já o descarrego é o ato de purificar alguém ou algum ambiente de energias espirituais negativas.
Doenças como Punição
O psicólogo observou também que a "prática da cura" está ligada às relações internas do Terreiros de Umbanda. Quando o médium que está com pouca freqüência nos cultos apresenta qualquer reação diferente no momento da incorporação de espíritos (como por exemplo, cair, também chamados pelos seguidores da religião como "levar um coro" do espírito). "Quanto mais afastada a pessoa está ligada a religião, será considerada mais suscetível às doenças espirituais", diz Mantovani.
Para se entender melhor o tratamento espiritual e sua importância para a comunidade, é necessária a compreensão de que o rito é desempenhado seguindo a estruturação total da comunidade. "Doença, saúde e cura estão relacionadas à noção de "pessoa" umbandista. O tratamento espiritual, que é uma inserção do freqüentador na comunidade umbandista, se desenvolve no campo das relações simbólicas do Terreiro. É o compartilhamento de crenças entre curadores e frequentadores que vai determinar a eficácia do tratamento" observa o pesquisador.
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