por - Murilo Alves - Portal do Afoxé
O Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) aprovou, na última quarta-feria (5/6), a proposta de registro de Festa do Senhor do Bonfim de Salvador como Patrimônio Cultural Brasileiro. O evento acontece interruptamente desde 1945, na Basílica Santuário Bom Jesus do Bonfim, na Cidade Baixa, sempre depois do carnaval. Baseada na devoção do Senhor Boa Jesus ou Cristo Crucificado, a Festa do Senhor do Bonfim possui matrizes religiosas distintas: a católica e Afro-Brasileira. Segundo o IPHAN, ela também envolve diversas expressões da cultura e da vida social soteropolitana. "Mais que uma grande manifestação religiosa da Bahia, a celebração é uma referência cultural importante na afirmação da baianidade, além de representar um momento significativo de visibilidade para os diversos grupos constituidores da sociedade soteropolitana", diz, em nota, o instituto.
A celebração que integra o calendário litúrgico e o ciclo de Festas de Largo da cidade de Salvador reúne ritos e apresentações religiosas (além de manifestação profanas e de conteúdo cultural), durante doze dias do mês de Janeiro. Os festejos começam um dia após o Dia dos Santos Reis e terminam no segundo domingo depois da Epifania, no Dia do Senhor do Bonfim. Um dos pontos alto da festa, e que a individualiza no conjunto das Festas de Santo e Festa de Largo da cidade de Salvador, é a Lavagem do Bonfim, que se segue o cortejo de cerca de oito quilômetros, realizada por baianas e filhas de santo, acompanhada por um enorme contingente de moradores, turista e devotos do Senhor do Bonfim.
O Conselho
O Conselho que avalia os processos de tombamento e registro é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 22 conselheiros, que representam organizações governamentais e não-governamentais, e 13 representantes da sociedade civil, com especial conhecimento nos campos de atuação do Iphan.
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